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Blog da Turma C de Cinema e Rádio e TV do 1° Semestre de 2010

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Exposição "Desenho da Mão", de Arnaldo Pedroso d`Horta

A exposição "Desenho da mão", de Arnaldo Pedroso d'Horta (1914 - 1973), realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo entre os meses de dezembro de 2009 e março de 2010, inclui cerca de 120 trabalhos como desenhos, gravuras, pinturas, recortes e documentos do artista plástico. D`Horta foi praticamente um "faz-tudo" do meio cultural de sua época, apesar de hoje ser um nome relativamente desconhecido do público. Antes de se dedicar às artes plásticas, seguia carreira como jornalista, além de escritor, desenhista e crítico de arte -- tudo ao mesmo tempo. A carreira de artista plástico começa em 1949 e já em 1954 é o primeiro brasileiro a ser premiado na Bienal de Veneza e, no mesmo ano, como Melhor Desenhista Nacional na 2a Bienal de São Paulo.

Suas obras viajam por diversas técnicas como nanquim, guache, pintura a óleo e xilogravura. Mas o maior destaque da exposição fica para a série "Incisões", nome dado por d`Horta aos recortes em formatos de arabescos feitos com cartolina, cortiça e couro, auxiliados por bisturi e canivete. D'Horta chegou a ser contratado por editoras para ilustrar livros didáticos e materiais técnicos devido a um outro talento também peculiar: sem formação na área biológica, desenhava com exatidão anatomias de aves e insetos. A exposição ressalta os desenhos de esqueletos de animais (fictícios, criados pelo artista, ou reais: lagartos, morcegos, cachorros, aves, etc) e seus desenhos de folhagens e flores feitos com nanquim sobre papel.

Apesar do uso das diferentes técnicas, podemos notar um ponto de convergência no seu trabalho: o modo impressionante como ele organiza os elementos de suas obras, transformando os desenhos em verdadeiras estampas simétricas.

“Para devolver ao mundo os restos da matéria que absorveu, para que essas emanações incolores se tornem legíveis, para que sua fala sem língua se faça audível, para que sua dança recenda perfume – dai à mão uma caneta com pena. Os cinco rio secos para esta irão confluir, e por ela despejar-se no mar de papel.” (A. P. d’Horta, “Desenho da mão”, 1956).

Lagartos, 1955, nanquim (bico-de-pena) sobre papel



Incisão, 1955, bisturi sobre cartolina amarela, laranja, preta, cinza, azul e verde

Exposição "Desenho da mão", de Arnaldo Pedroso d`Horta
Local: Pinacoteca do Estado de São Paulo, Praça da Luz, 2 - Luz - São Paulo/SP
Data: De 05 de dezembro de 2009 a 14 de março de 2010
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h (entrada ate as 17:30).
Ingressos: R$6, R$3 (estudantes) e gratuito para maiores de 60 anos e crianças menores de 10 anos. Aos sábados, entrada gratuita para todos.

Vitória Jabur - Cinema

Marcel Gautherot - Norte @ Instituto Moreira Salles

O fotógrafo francês Marcel Gautherot disse certa vez ao poeta Jacques Prévert: “No Brasil, tive vontade de derrubar uma floresta inteira para tirar o retrato de uma certa árvore de que gostei”. Brincadeiras à parte, como observam Milton Hatoum e Samuel Titan Jr. na introdução a “Norte”, uma belíssima coletânea de fotos feitas por Gautherot na região, as dificuldades envolvidas na tarefa de registrar a floresta amazônica mobilizaram, desde sempre, artistas e fotógrafos dos mais variados calibres.

O Instituto Moreira Salles de São Paulo apresenta a exposição Marcel Gautherot - Norte, com 70 imagens, que exibem pescadores, palafitas, e festejosos como o Círio de Nazaré, do fotógrafo francês feitas na Amazônia brasileira entre os anos 1940 e 1970 até o dia 21.03.

Quando veio ao país pela primeira vez, em 1939, Marcel Gautherot (1910-1996) tinha como desejo fotografar todo o curso do Rio Amazonas. A convocação para a II Guerra Mundial frustrou seus planos, no entanto em pouco tempo o fotógrafo voltaria para ficar. Ao longo das décadas seguintes, visitou diversas vezes a Amazônia.

Em suas viagens Gautherot fotografou não apenas a floresta, como os índios e as grandes cidades da região. Hatoum e Titan organizaram “Norte” como se fosse uma viagem, iniciada em Manaus e encerrada em Belém. As imagens também podem ser vistas em livro(144 págs., R$ 56) , de título homônimo, lançado pelo IMS, com 72 fotografias e texto de apresentação de Milton Hatoum e Samuel Titan Jr. Vale a pena!

Allexia Ferreira - Cinema

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Museo-Taller Casapueblo

O Museo-Taller Casapueblo fica em Punta Ballena, Uruguai.
Construído pelo artista plástico uruguaio Carlos Páez Vilaró com a ajuda de amigos e pescadores, a instalação toda é uma obra de arte, com formas nada convencionais, o artista conta que foi como moldar uma grande escultura. No andar mais elevado fica o ateliê do artista, nos outros andares encontram-se a exposição das obras de Vilaró, um restaurante e ao lado, o hotel Casapueblo.
A exposição de Vilaró é permanente, acontece todos os dias do ano, inclusive feriados e o preço é de 120 pesos uruguaios ou R$ 12,00 por pessoa.
Lá se encontram telas, esculturas, murais, e diversos outros trabalhos do artista, entre eles, sua famosa coleção de "Sóis".
É possível conferir também alguns trabalhos de Pablo Picasso e Salvador Dalí, que foram amigos de Vilaró.
Casapueblo fica localizada num penhasco em frente a praia de Punta Ballena, a 15 km do centro de Punta Del Este e a vista que se tem de lá também é algo impressionante.

Vale a pena visitar! :)


Foto da parte externa de Casapueblo

Alguns dos "sóis" da coleção de Vilaró.



Fernanda S. P. Caruso - Cinema

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Museu Histórico do Vaticano da Basílica de São Pedro


O Museu Histórico do Vaticano da Basílica de São Pedro, (existem outro museus do Vaticano como o de Santa Maria a Maior e São Paulo Extramuros) fica localizado em uma das laterais da muralha que cerca o Vaticano, em Roma, Itália. No horário de inverno o museu, que abriga relíquias que a Igreja Católica armazenou durante séculos, abre às 9:00h da manhã e fecha às 18:00h, com exceção dos domingos em que o museu encerra suas visitações às 14:00h. A entrada para a visitação com direito a entrada á Capela Sistina custa 15 euros, enquanto somente para a visita ao Museu Histórico do Vaticano custa 5 euros. A visitação monitorada é realizada de segunda a sábado entre os horários 9:00h-10:00h e 11:00h-12:00h. É permitido o uso de máquinas fotográficas e filmadoras em todos os locais, exceto na Capela Sistina. Caso você passe muito tempo lá dentro, há uma lanchonete que vende pães doces e café. O endereço é: Viale Vaticano, 00165 - Roma. Para chegar até o museu há a possibilidade de usar onibus, metrô, e táxis. Eu, apesar de ter ido a pé, recomendo o metrô, pois o trânsito em Roma é muito conturbado.


A foto postada é referente ao setor egípcio, um dos maiores da exposição. Nele, encontramos múmias, vasos, esculturas, sarcófagos, entre outros. Eu não realizei a visita monitorada, mas gostaria de saber se eles dizem como foi que esses objetos foram adquiridos. Vale lembrar, que o Egito há muito tempo está tentando recolher, de diversos países, obras e objetos milenares de sua cultura, assim como um obelisco, legítimamente egípcio, localizado em Paris e que os franceses dizem ter ganhado de presente do próprio Egito. Será que a Igreja Católica revela que boa parte, ou quase tudo, do que está exposto foi acumulado durante as Cruzadas? Além deste setor, há um imenso dedicado às esculturas gregas, que retratavam com perfeição o corpo humano nu, mas foram castradas, pois o Papa (não me recordo qual) julgava obsceno. Hoje, a Igreja ganha dinheiro sobre aquilo que julgava pecado mortal - esse fato é explicado com mais precisão em uma cena do filme Anjos e Demônios. Apesar das críticas que acabei destilando, o museu é incrível, é muito bem organizado e as obras encontradas lá são verdadeiras relíquias da humanidade. Arrisco a dizer que vi mais obras egípicias no Vaticano do que no Museu do Louvre. Antes de finalizar, queria sugerir para quem um dia quiser ou tiver a oportunidade de ir nesse museu, não deixar de visitar os três corredores de tapeçarias. São tapetes gigantes confeccionados durante a Idade Média de uma beleza inigualável. Mas não deixem de olhar para o teto esculpido e banhado a ouro.


Bom, essa foi minha dica. Espero que tenham gostado.

Felipe Bottini RTV

sábado, 13 de fevereiro de 2010