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Blog da Turma C de Cinema e Rádio e TV do 1° Semestre de 2010

sábado, 13 de março de 2010

Aba Sheli: Meu Pai, de Émile e Isabelle Tuchband, no Centro da Cultura Judaica

Por Henrique Pina - Cinema

A exposição "Aba Sheli: Meu Pai" consiste em pinturas de Émile e Isabelle Tuchband, pai e filha que compartilham o amor pela arte.
Émile nasceu em Paris, em 1933, e foi assistente de Marc Chagall. Formou-se arquiteto e mudou-se para o Brasil. Casou-se com uma brasileira em Taubaté e, em 1967, nasceu Isabelle.
Pai e filha demonstram uma tendência onírica em suas obras, porém enquanto Émile o faz com cores mais sóbrias, e retrata muitas paisagens e naturezas mortas, os quadros de Isabelle (que também é escultora, muralista e ceramista) são uma explosão de cores vivas onde o preto raramente encontra espaço, e em sua maioria são retratos femininos.
Além das pinturas, há também um espaço dedicado a expor recortes de jornais e revistas, fotografias e objetos pessoais dos pintores.
A iluminação do local é natural, proveniente de clarabóias no teto, o que é uma desvantagem em dias sem sol, pois influencia na visualização das pinturas. Porém, isso pouco afeta a beleza colorida e irreverente das obras de Émile e Isabelle Tuchband, pai e filha que merecem o reconhecimento de sua arte.
Uma dica para quem for na exposição numa sexta-feira é aproveitar o almoço no café do CCJ, o Gershwin Café, que serve comida típica Judaica.


Entrevista com o Dragão (Isabelle Tuchband)
Mixta sobre tela
100x100 cm - 2004

Violinista no Telhado (Émile Tuchband)
Acrílica sobre tela
80x70cm - 2006
Serviço: Centro da Cultura Judaica
Rua Oscar Freire, 2500 (ao lado do metrô Sumaré)
Horário da exposição: 3ª a sábado das 12h às 21h; domingo das 12h às 19h
Entrada Gratuita
Até 25/04

segunda-feira, 8 de março de 2010

Monet's Water Lilies


Por Mariana Leonardi Figueiredo

Monet's Water Lilies – Claude Monet

Monet sempre fez parte da minha vida. No meu aniversário de 6 anos minha mãe me deu um livro da história fictícia de uma menina que visitava a casa do pintor e ia descobrindo sua arte. Passei a vida inteira admirando suas belas telas e sempre ouvi minha mãe dizer como elas eram lindas ao vivo. Quando viajei em Janeiro para Nova York tive a possibilidade de visitar uma exposição especial de Monet no MoMa –Museum of Modern Art.

Localizada no segundo andar, a exposição é bem pequena (quatro telas apenas, o que é uma pena) porém isso não diminui o fato de que existe alguma coisa naquelas telas. Um fator que diferencia qualquer assunto retratado e traz um tom mágico para momentos tão comuns. Minha atenção foi dividida entre duas telas: a primeira um painel de 199.5 cm. de altura com 599 cm. de largura de suas famosas ninféias, e a outra era um retrato da Ponte Japonesa datado entre 1920-22 quando Monet já estava ficando cego. As duas tem movimento, leveza e simplicidade que torna indescrítivel o sentimento que me abateu quando as vi. “Gastei” uma hora naquela sala.

Nem preciso dizer que mesmo achando a exposição pequena demais para tanta beleza, foi marcante ter visto tal magnitude tão pertinho. É uma dica ótima para quem ama impressionismo, Monet, e arte. Toda obra acompanha uma placa com uma breve explicação, existem guias que fazem o tour não só pela exposição como pelo museu todo. A exposição vai até o dia 12 de Abril, e está acontecendo desde Setembro de 2009.

Quem for visitar o museu também pode passar na exposição do Tim Burton que é bem bacana, e bem rica em material.

No site www.moma.org você encontra mais informações, os horários de funcionamento do museu aqui e para a página especial da exposição clique aqui.

Monet em seu estúdio. Foto da exposição.


Ponte Japonesa 1920-22.


Ninféias 1914-1926.

domingo, 7 de março de 2010

Ocupação Chico Science no Itau Cultural



A exposição "Ocupação Chico Science", que ocorre no Itau Cultural (av. Paulista, perto ao metro Brigadeira, ao lado do Sesc Av. Paulista) at'e o dia 4 de abril, configura-se como um mosaico da vida de Chico Science.  A exposição faz parte de uma série de ocupações por diversos artistas, que deverão acontecer ao longo do ano no Itau. (Em junho, não deixem de conferir a ocupacão Rogerio Sganzerla).

Fotos, frases, programas de tv, livros favoritos, musicas remixadas  e outros fragmentos pretendem revelar o universo do lider da Banda "Nação Zumbi", Chico Science. Principal expoente do movimento MangueBeat, o pernambucano foi uma das mais importantes figuras da m'usica brasileira dos anos 90. Ao misturar o maracatu, rock e hip hop com o cenario perif'erico do mangue de Recife, continua a influenciar diversos artistas ainda hoje, 13 anos depois de sua morte.

A exposição - que ocupa apenas um pequeno espaço do andar terreo do Itau - faz mal uso de seu  espaço. Elementos amontoados, aliados a um mal uso de seus suportes (computadores que transmitem um slide de fotos, ou frases do musico em fonte quase ilegivel) criam uma exposição mal organizada e que não consegue explorar a riqueza do universo do musico . O espectador corre o risco de sair da ocupação sem entender quem, afinal de contas, foi Chico Science.


por Taina Muhringer Tokitaka